
Depois da primeira atracção, identificar-se com alguém, assustadoramente. Sentir o peito galopar a cada contacto. Ver crescer a vontade de não deixar ir, de misturar tudo, colar, de cuidar e de ser cuidado. Sentir os pensamentos e os gestos em sintonia, começar a depender do sol que nasce do sorriso do outro, e que sem essa presença fica o vazio. Ver crescer isso em espelho. Depois de tudo, perceber que o desejo calado de que o sentimento não seja frágil e fugidio, mas grande como um rochedo e forte e seguro para resistir ao mar, é mútuo, preenche o meu sonho e diz-me por dentro que finalmente é, que vale a pena. Espero. Até ao fim do mar.
(imagem daqui)